Precursor do Jiu-jitsu em São João Nepomuceno fala sobre a “arte suave” e as novas gerações de estudantes
Reportagem e fotos do estúdio Aristides dos Santos/ demais imagens fornecidas pelos mencionados na reportagem
PRECURSOR DO JIU-JITSU EM SÃO JOÃO NEPOMUCENO SE DESTACA COMO MESTRE DA ARTE E EDUCADOR, ATRAINDO O CARINHO DAS CRIANÇAS DE DESCOBERTO E SÃO JOÃO NEPOMUCENO
Foi- se o tempo que praticar jiu-jitsu era ser associado ao vandalismo e agressividade. Esta arte marcial, com raízes no Japão, tem origem no Brasil através da lendária Família Grace, a partir do patriarca Hélio Grace, que faleceu aos 95 anos de idade (1913- 2009).
Apesar da família ter praticado com Mitsuyo Maeda, por sua vez, discípulo direto de Jigoro Kano, lendário mestre em JU- JUTSU, no Japão ( onde também estão as raízes do Judô), Hélio Grace não conseguia bons resultados, pois era muito franzino, criando adaptações e sequências de chaves e torsões, até então inexistentes, criando, sem o saber, uma outra arte: o Jiu-jitsu Brasileiro.
Um estilo que torna mulheres e homens franzinos ( como ele) aptos ao alto desempenho, refinando a antiga técnica proveniente do Japão.
A arte foi introduzida em São João Nepomuceno no começo dos anos da década de 2000 pelo mestre e educador físico Rodrigo Arvellos (48 anos) que, inclusive, recebeu sua faixa preta em 2005, por seu prof. Ismael Souza e sua diplomação de faixa preta, pela FJJ-Rio (Federação de Jiu-jitsu do Estado do Rio de Janeiro, no ano de 2008, das mãos de Robson Grace.
Um privilégio que ele só se deu conta quando o “Brazilian Jiu-jitsu” foi reconhecido internacionalmente, conseguindo seu lugar de destaque entre as artes marciais no mundo e Hélio Grace ter entrado para a história.
Rodrigo esteve na emissora na quinta (18/07 ), na faixa das 11h, falando da “arte suave” como esporte, técnica de autodefesa e arte marcial tradicional, oriunda das tradições dos antigos samurais, no Japão Imperial.
Ele trouxe os filhos Manuela Arvellos ( de 12 anos) e Arthur Arvellos ( de 10 anos), que herdaram do pai o amor pelo tatame.
Arvellos destacou a “essência do Bushidô”, que faz questão de cultivar e exigir de seus alunos: a virtude da disciplina, ética, foco, honestidade, esforço e sacrifício, se for o caso, dentro e fora dos tatames.
Ele dá aulas para adultos e crianças. Inclusive, crianças de 3 anos de idade, como Helena (vídeo abaixo), filha do casal Cinara e Vavá.
VÍDEO DA HELENA
Embora muito modesto e discreto, ao falar de si mesmo, o Sensei Arvellos mostra imenso orgulho das conquistas de seus alunos. Durante o programa, o menino Erick Alvim (6 anos) autista, filho do casal Samuel Bitencourt Nascimento e Larissa da Silva Alvim Octávio Samuel, deixou uma mensagem emocionante. A academia também pratica a inclusão social, oferecendo a disciplina do tatame a crianças TEA.
O menino ama o jiu-jitsu e o professor.
Rodrigo disse que ele aprende muito com as crianças autistas: “é preciso de reinventar e utilizar outra pedagogia de ensino que, inclusive, não se aplica à todos, cada um deles tem suas características individuais bem distintas, apesar de terem en comum o autismo“.
REVELAÇÕES
Não só o educador e seus alunos adultos se destacam em competições com medalhas e troféus.
Destacamos Heitor, 9 anos de idade, que treina Jiu-jitsu desde os 06 anos, filho de Tarcísio Barroso de Jorge e Núbia Sueli Dutra Barbosa; Maria Fernanda, (filha do Policial Militar Pires ), Maria Rita Bu-la (filha Alex Fialho (meu aluno e faixa preta e Marcela Bul-la) Manuela Arvellos.
Eles participaram das 4 etapas do Campeonato Mineiro, em Juiz de Fora, Visconde do Rio Branco, Muriaé e Cataguases. As crianças consagraram- se campeãs mineiras em suas categorias.
Quem desejar praticar jiu-jitsu ou matricular os filhos podem ir diretamente na academia ou entrar em contato com o telefone (32) 99107-2893( somente whatsapp).