Jornalismo de Luto: Faleceu,aos 92 anos, o locutor e jornalista Léo Batista
Reportagem Aristides dos Santos com informações e imagens do Grupo Globo
ELE ERA O MAIS ANTIGO JORNALISTA EM ATIVIDADE NO BRASIL

Faleceu neste domingo, 19 de janeiro de 2025, aos 92 anos, o jornalista esportivo Léo Batista, uma das vozes mais emblemáticas da televisão brasileira.
Internado desde o início do mês no Hospital Rios D’Or, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, Léo enfrentava complicações decorrentes de um tumor no pâncreas e uma trombose.
Nascido João Baptista Belinaso Neto em 22 de julho de 1932, em Cordeirópolis, interior de São Paulo, Léo Batista iniciou sua carreira aos 15 anos como locutor de serviços de alto-falante em sua cidade natal.
Posteriormente, trabalhou em rádios de Piracicaba e Birigui antes de se mudar para o Rio de Janeiro, onde ingressou na Rádio Globo em 1952, aos 20 anos de idade.

Ao ingressar na Rádio Globo, o saudoso radialista Luiz Mendes falou: ‘Vamos trocar o seu nome jornalístico, porque esse tal de Besinato não dá’. Ele fez uma lista com 12 pseudônimos, mas Léo fez uma escolha inspirada na irmã: “Minha irmã se chama Leonilda, mas ela ficou conhecida por Nilda, vou pegar o ‘Léo’ que ela não usa e juntar com o sobrenome da família“.
Em 1970, Léo Batista passou a integrar a equipe da TV Globo, tornando-se um dos apresentadores mais antigos do país. Foi o primeiro narrador de uma transmissão esportiva pela televisão “ao vivo”.


Ele não apenas foi pioneiro na apresentação de programas, como ajudou na concepção de quase todos, como o “Jornal Hoje” (1971), o “Esporte Espetacular” (1973) e o “Globo Esporte” (1978).
Sua voz inconfundível marcou a cobertura de eventos esportivos como Copas do Mundo e Olimpíadas, além de ser responsável pelo tradicional “gols do Fantástico” aos domingos.
Torcedor apaixonado do Botafogo, Léo Batista foi homenageado pelo clube com uma cabine de imprensa batizada com seu nome no Estádio Nilton Santos.
A morte de Léo Batista, com 70 anos de carreira ( tinha um contrato de vitalício com a TV Globo), representa uma perda significativa para o jornalismo esportivo brasileiro. Sua trajetória profissional e dedicação ao esporte deixam um legado que será lembrado por gerações.